Papo de Buteco
Eu recebi um convite para cantar umas moda
No buteco da esquina, aonde a cachaça mora.
Mandei a viola no peito, veio um caboclo gritando
Não vem com essas moda paia quero ver você cantar
Travessia do Araguaia
Naquele estradão deserto, uma boiada descia
Pras bandas do Araguaia pra fazer a travessia
O povo bateram palma, arrumaram um pizero
A muiezada gritava, eu quero esse violero
Sem saber o que fazer, sujeito ficou sem fala
Gritou de um jeito cabreiro, se conhece Tião Carreiro
Faz o pagode do Ala
As flores quando é de manhã cedo...
Sujeito malacabado, queria me derrubar
Mais sô ligeiro nos verso, não pode me acompanhar
Com tanta encheção de saco, fui perdendo a paciência
Trás umas pinga pra mim, tá curto meu estopim
Vou te mostrar minha ciência
Já sabendo que aqui, o buraco é mais embaixo
O fera gritou de longe, mais um pedido eu te faço
As pinga já ta acabando, trás erva pro tereré
Só vou quetar o meu facho me mostra que ocê é macho
Faz um verso pras muié
É
Ai pisou no meu calo, ein
Eu mandei fazer um laço do coro de um boi carreiro
Pra laçar moça bonita que tem o zóio morteiro
Joguei o laço na moça, o laço caiu no chão
Joguei o laço pra lá e peguei a moça com a mão.