Mágoa de Boiadeiro

Índio Vago / Nonô Basílio

Antigamente nem em sonho existia
Tantas pontes sobre os rios
Nem asfaltos nas estradas
A gente usava quatro ou cinco sinueiros
Para trazer o pantaneiro no rodeio da boiada

Mas hoje em dia tudo é muito diferente
Com progresso nossa gente
Nem sequer faz uma ideia
E entre outros fui peão de boiadeiro
Por esse chão brasileiro os heróis da epopeia

Tenho saudade de rever nas corrutelas
As mocinhas nas janelas acenando uma flor
Por tudo isso eu lamento e confesso
Que a marcha do progresso é a minha grande dor

Cada jamanta que eu vejo carregada
Transportando uma boiada, me aperta o coração
E quando eu vejo minha tralha pendurada
De tristeza, dou risada para não chorar de paixão

O meu cavalo relinchando pasto a fora
Que por certo também chora na mais triste solidão
Meu par de esporas, meu chapéu de aba larga
Uma bruaca de carga, o meu lenço e o facão

O velho basto, o sinete e o apeiro
O meu laço e o cargueiro, o ginete e o gibão
Ainda resta a guaiaca sem dinheiro
Deste pobre boiadeiro que perdeu a profissão

Não sou poeta, sou apenas um caipira
E o tema que me inspira é a fibra de peão
Quase chorando imbuído nesta mágoa
Rabisquei estas palavras e saiu esta canção

Canção que fala da saudade das pousadas
Que já fiz com a peonada junto ao fogo de um galpão
Saudade louca de ouvir um som manhoso
De um berrante preguiçoso nos confins do meu sertão

Curiosidades sobre a música Mágoa de Boiadeiro de Lourenço e Lourival

Em quais álbuns a música “Mágoa de Boiadeiro” foi lançada por Lourenço e Lourival?
Lourenço e Lourival lançou a música nos álbums “Terra Molhada” em 1998 e “Só Sucessos” em 2017.
De quem é a composição da música “Mágoa de Boiadeiro” de Lourenço e Lourival?
A música “Mágoa de Boiadeiro” de Lourenço e Lourival foi composta por Índio Vago e Nonô Basílio.

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