O Rigor e a Misericórdia
A chuva que golpeia a pedra‚
Que golpeia o coração de chuva
Me faz imaginar que todo herói se diverte só
E também me faz lembrar
Que os preguiçosos odeiam o mistério
Possuímos o que desejamos
Mas nem sempre somos o que imaginamos ser
Céu azul‚ bambús‚ despenhadeiros e a cada despedida
É como um corpo estranhodentro da ferida
A estratosfera te espera
E só te juro que não vou chorar
A poesia é como um sonho que se organiza
E rezar é como a morte
Tão sobrenatural como uma nuvem perdida
No silêncio da manhã
Cair pro alto‚ se arriscar‚ mesmo com o coração
Mais triste que o fim dos dias
Átomo por átomo a queda não enobrece
A quem jamais saiu do chão
Em que estrela‚ meu amor‚ o teu sorriso andará
Para encontrar a redenção do meu povo?
Entre abismos de abismos das batalhas
Que lutamos ombro a ombro
Vamos celebrar‚ com uma colher de sol!
Todos os sentidos são do Universo que o mistério
De um beijo bêbado escreveu no céu
Com um relâmpago o seu nome
Penso‚ logo‚ exilo e um deserto se dilata no perfume
Da tua falta
Desespero‚ sangue‚ bestial
Tormenta‚ esplendor‚ o tempo é nunca
E será que a energia escura esconde o tal do paraíso
O renegado assume as asas que aspirou e grita
Aleluia‚ aleluia! Yeah yeah!