Humanos

LetoDie

[Verso 1]
É necessário que um homem sangre com dor e por vezes caminhe no inferno
Pra entender que as coisas nem sempre acontecem do jeito que deveria ser
Alguns desses homens sucumbem e se entregam ao primeiro sinal do inverno
Outros resistem, sangrando, ainda lutam mesmo que corram o risco de morrer
E eu sou um desses caras que não se encaixa no jeito que as coisas são
Por ter postura me querem fodido, perdido, de lá só vem acusação
Vivo meu mundo, é sinceridade, eu não ligo, pra eles não dou nem a mão
Então que se foda, eu não quero amizade, não lamentariam me ver num caixão (foda-se)

Homens como eu morrem cedo (yeah)
Homens como eu nunca cedem (não)
Sou humano, também sinto medo
A diferença é que a gente não pede por piedade ou por ajuda
Seguro a bronca, mano, eu sou bronco, ainda brinco, isso não muda
Mas a minha mente vive em confronto

Então analiso as coisas que sei
Sigo a moral, que se foda a lei
Não acredito em metade do mundo e com a outra metade eu nunca me importei
Eu me peguei encarando o espelho já com 28, eu sei de qual é
Bem diferente, Leto dos 18 que só se importava com grana e mulher
Maturidade, então eu mudei
Prioridades mudam outra vez
Olhando na bola do olho de um homem, tu percebe o que que a dor fez?
8 ou 80, então não tem talvez
Conheço a maldade, e isso me fodeu
Todo dia ainda me pergunto se humanos não são o pior erro de Deus, eu não sei

Às vezes fico pra baixo, normal, as coisas são assim (ahn)
Encaro de frente a neurose porque é impossível eu fugir de mim
Problemas e esquemas, são planos e temas que a noite me brindam com insônia
Encaro o abismo que olha de volta e eu penso: Só se recomponha!
Sangue no gelo, eu preciso ser forte
Tá em jogo a honra de um homem
Porque do meu lado tá dormindo alguém que carrega o meu sobrenome
E eu sou um escudo, bloqueio tudo, em quem eu amo ninguém vai tocar
Tu pode até me ver sangrando, mano, mas tu nunca vai me ver chorar

Homens como eu morrem cedo
Homens como eu nunca cedem
Sou humano, também sinto medo
A diferença é que a gente não pede por piedade ou por ajuda
Seguro a bronca, mano, eu sou bronco, ainda brinco, isso não muda
Mas a minha mente vive em confronto

Hoje eu tô pronto, me sinto um monstro
A morte não mais me assusta
Cada dia ao sair de casa é quase como jogar roleta-russa
Mas dificulto, não será fácil
Conheço a maldade que um dia me fodeu
Todo noite ainda me pergunto se humanos não são o pior erro de Deus, eu não sei

Homens como eu morrem cedo
Homens como eu nunca cedem
Sou humano, também sinto medo
A diferença é que a gente não pede por piedade ou por ajuda
Seguro a bronca, mano, eu sou bronco, ainda brinco, isso não muda
Mas a minha mente vive em confronto (foda)

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