Último Fôlego

Aigor Ojêda

Entre cruzes e ardendo em fogo.
Crescendo enfiado em meio aos restos.
A luz não me permite enxergar.
E o medo me traz os calafrios devagar.
Escuto as sílabas consoladoras.
No limite do delírio, nada ouço!


Tempos de decadência...
Onde as máquinas apoderam-se de mim.
Trazendo suspiro de dor.


Rezando em meio aos bombardeiros.
Último fôlego de uma vida consumida.


O som das guilhotinas.
Ensurdeceu as almas destruídas.
Que mesmo intimidadas pela dor,
Não cederam.
Os funerais abrem as cortinas.
Pincéis nobres não trazem os traços do céu movediço.
O tormento inferior à alma.
Destino...
Sobra desespero aos olhos camuflados de sangue.
Um Diálogo entre a vida e a dor.


Rezando em meio aos bombardeiros.
Último fôlego de uma vida consumida.


O céu de todos os infernos...
Surdo em meio á escuridão.
Perdoe-me.
Fecha-se a vida.
E ilumine o meu caminho.

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