Vida Urbana

Alexandre Bolinho

Desço do metrô, ônibus lotado,
O corpo suado olhos fixos no chão
vidas, sentimentos sendo ignorados,
Em cada outdoor um fragmento de ilusão


Os dias vão e vêm, vidas se esvaindo,
Cotidiano e a inércia irmanados
Todos os seus sonhos, lutas e projetos
Apenas produtos dentro de um grande mercado


ÔÔÔÔ VIDA URBANA (2X) [Refrão]


Abro o jornal, ligo a TV,
E me dou conta que minha realidade
Não é a do mundo dos avanços da ciência
Não é a do mundo do amor e igualdade


Um soco no ar, um copo de cerveja,
Remoendo o sentimento de revolta
Troca de idéias, solidariedade,
Instrumentos na procura de respostas


ÔÔÔÔ VIDA URBANA (2X)


Fugaz e efêmero, instantâneo e vazio
Talvez seja isso que chamam modernidade
Frio e ilusório, individualista,
Talvez seja aí que se gere a desigualdade


Talvez seja tarde pra buscar novos caminhos,
Talvez seja tarde pra dormir nesta cidade! (Repete estrofe 2X)


ÔÔÔÔ VIDA URBANA (4X)

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