Ponto de Maria Navalha
Ela traz uma navalha
Que corta o mal e a injustiça
Protegida de Zé Pilintra
Maria Navalha não brinca
Caminhou de rua em rua
Em busca de moradia
Foi na beira do cais
Que conheceu a boêmia
Ela é de laroiê
Ela é de mojubá
Ela é Maria Navalha
Que vem aqui nos ajudar
Laroiê
Laroiê, laroiê
Ela é mulher de fé, laroiê
Foi na madrugada
Que a Navalha deu a sua gargalhada
Trabalhava na madrugada
Trabalhava lá no cais
Maria Navalha da calunga
Faz o que você não faz
Foi na subida de uma serra
Que eu a vi trabalhar
Junto com Zé Pilintra
Para todo mal levar
Ela é uma malandra de fé
Ela é uma malandra de luz
Ela é Maria Navalha
Que não teme a mal nenhum
Laroiê
Laroiê, laroiê
Ela é mulher de fé, laroiê
Foi na madrugada
Que a Navalha deu a sua gargalhada
Ela traz uma navalha
Que corta o mal e a injustiça
Protegida de Zé Pilintra
Maria Navalha não brinca
Caminhou de rua em rua
Em busca de moradia
Foi na beira do cais
Que conheceu a boêmia
Ela é de laroiê
Ela é de mojubá
Ela é Maria Navalha
Que vem aqui nos ajudar
Laroiê
Laroiê, laroiê
Ela é mulher de fé, laroiê
Foi na madrugada
Que a Navalha deu a sua gargalhada
Trabalhava na madrugada
Trabalhava lá no cais
Maria Navalha da calunga
Faz o que você não faz
Foi na subida de uma serra
Que eu a vi trabalhar
Junto com Zé Pilintra
Para todo mal levar
Ela é uma malandra de fé
Ela é uma malandra de luz
Ela é Maria Navalha
Que não teme a mal nenhum
Laroiê
Laroiê, laroiê
Ela é mulher de fé, laroiê
Foi na madrugada
Que a Navalha deu a sua gargalhada
Laroiê
Laroiê, laroiê
Ela é mulher de fé, laroiê
Foi na madrugada
Que a Navalha deu a sua gargalhada
Maria Navalha: A Força Feminina na Umbanda e na Vida Noturna
A música Ponto de Maria Navalha, interpretada por Juliana D Passos do Canal Macumbaria, é uma homenagem a uma entidade espiritual da Umbanda conhecida por sua força e proteção. A letra da canção descreve Maria Navalha como uma figura que combate o mal e a injustiça, armada com sua navalha e protegida por Zé Pilintra, outra entidade reconhecida dentro do panteão umbandista por sua malandragem e sabedoria. A referência a Zé Pilintra também sugere a conexão de Maria Navalha com o universo dos malandros, figuras carismáticas e astutas que são parte da cultura popular brasileira e do imaginário religioso afro-brasileiro.
A narrativa da música segue Maria Navalha em sua jornada pelas ruas em busca de um lar, encontrando refúgio e identificação na boemia do cais. Esse cenário evoca a vida noturna, onde muitas vezes as margens da sociedade se encontram e sobrevivem. A repetição do termo 'laroiê', um saudação na Umbanda, e 'mojubá', que significa respeito e reverência, reforça o respeito e a veneração que a entidade inspira. A canção também destaca a presença e o trabalho espiritual de Maria Navalha durante a madrugada, um período associado ao mistério e à magia.
A figura de Maria Navalha, como apresentada na música, é uma representação poderosa do feminino, da fé e da resistência. Ela é descrita como uma 'mulher de fé' e uma 'malandra de luz', indicando que, apesar de sua associação com a malandragem, ela é uma força do bem, combatendo o mal sem temor. A música, portanto, não apenas celebra uma entidade espiritual, mas também ressalta a importância da mulher forte e independente, que enfrenta adversidades com coragem e alegria, simbolizada pela 'gargalhada' que ecoa na madrugada.