Delírios de Orfeu
Sons de Noel, tons de Jobim, encontros naturais
Sonhos de Cartola num jardim com Vinícius de Moraes
Vila Isabel em Ipanema dá
Mangueira dá no mar
Sons de Noel, tons de Jobim, batuques de Sinhô
Lupicínias sombras sobre mim, negra luz do meu amor
Copacabana invade o cabaré
E a Lapa o mar levou
Cidade, esconde os teus sinais de lágrimas e cicatriz
Vermelhas marés, línguas negras, aflição
Assombração, o mal pela raiz
Nesses tempos sem perdão
Os teus poetas vão voltar, te povoar mais uma vez
Pois de algum lugar Pixinguinha abençoou
Villa crismou e a maravilha então se materializou
Do invisível renasceu pelos delírios de Orfeu