Alambrador

Lucio Yanel / Valdo Nóbrega

Ergue a pau o alambrador
E os buracos vão brotando
E os moirões se enfileirando
Que nem soldados pra guerra.

Um socado de capricho
Pra que ninguém se desgoste
Por grosso que seja o poste,
Não lhe deixa sobrar terra.

Gira a pua sai fumaça
Num moirão de guajuvira
E o alambrado se estira
Tal qual um pinho afinado.

O serrote marca os trastes
Já vem o atilho depressa
Se enroscando na promessa
De viver sempre abraçado.

Rabicho e morto de angico
Pra que o cimbronaço agüente
Amordaça, gruda os dentes
Espicha firme o arame.

A chave enrodilha a ponta
Como quem guarda um segredo
Quando escapa e dá nos dedos
Alamaula, dor infame!

À noite á beira da carpa
Ao ver a estrela cadente
Três pedidos, num repente
Faz depressa antes que apague.

E a cada alambrado firme
Tenha outro pela frente
E um piazito sorridente
Para ensinar-lhe o que sabe.

Rabicho e morto de angico
Pra que o cimbronaço agüente
Amordaça, gruda os dentes
Espicha firme o arame.

A chave enrodilha a ponta
Como quem guarda um segredo
Quando escapa e dá nos dedos
Alamaula, dor infame!

Curiosidades sobre a música Alambrador de José Claudio Machado

De quem é a composição da música “Alambrador” de José Claudio Machado?
A música “Alambrador” de José Claudio Machado foi composta por Lucio Yanel e Valdo Nóbrega.

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