Sereia

Joe Sujera e Letícia Picolo

Seu peito era uma caverna sem rota de fuga
Perfeito pra elas umas quimeras e umas sanguessugas
Com jeito ou guerra não coopera o coração não aluga
Mais um passeio só na madruga

Resistiu ao seus olhares de pérolas
Olhos verdes machucam mais que pólvora
Sereias que não cantam ópera
Cantam erykah badu e levam pro fundo do mar

Conheceu as profundezas e voltou pra respirar
Se purificou com alguns vícios e poluição
Voltou com um vazio e umas histórias pra contar
Trouxe mais do que queria de outra paixão

Cada beijo um velório. Me afoguei nos seus olhos
Molhe os pés num mar de amor deixa que a dúvida te invada amor
Com cuidado amor para não pirar de amor, se drogar de amor
E quando a brisa passar que ela me traga a dor
Pra eu me lembrar da cor, que o mundo tem ao seu redor e do cinza que eu criei e me mata amor, me sinto em casa amor

Eu tenho tanto pra aprender e tanto pra esquecer
Eu tinha tanto pra beber tanto pra perder
E eu com tanto pra fazer e ainda ouço você
E eu decorei essa canção, sem verso sem refrão
Sem nexo sem perdão um universo em corrosão

Vi a melhor, mulher, me olhar e com seus olhos verdes me dar o coração
Vi a melhor, mulher, me olhar como se eu fosse a melhor opção
Conclusão padrão, do pulo ao chão fui decepção
Não nasci pra ser fuga nem sonho, muito menos solução

Letícia Picolo:

Não me sinto mal, me sinto só
Sua droga, minha libido, vem comigo, mas sem planos pra ficar
Não me sinto mal e nem tão só
Faz parte do meu instinto não posso evitar

Fracos são vocês que fazem tudo em troca de um sorriso
Tudo que eu faço é quando eu quero e não quando eu preciso. (2x)

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