7° Dia
Eu ando, eu fumo, eu falo, eu bebo
Eu estou sempre a sorrir com os amigos
E por assim proceder
Muitos pensam que eu vivo
Se enganam aqueles que pensam assim
Como pode o corpo viver?
Se o coração já teve fim
Triste fim
Se deito, não durmo
Não tenho sonhos, portanto
E garanto que ninguém sofre assim
Pois o sofrimento que me aflige no momento
O mundo cheio de tormento reservou só para mim
A cabrocha que eu tinha o vento levou, levou
Porque a poesia que a mim me prendia
Num larara se transformou
É por isso que eu digo sem medo de errar
Eu já morri, só falta eu me conformar
De 7º dia, já houve a missa
Pro meu coração que morreu sem sorrir
E sua alma se agita, sem luz, sem poder
Lá no espaço prosseguir
De 7º dia, já houve a missa
Pro meu coração que morreu sem sorrir
E sua alma se agita, sem luz, sem poder
Eu ando, eu fumo, eu falo