Roda Morta

Sergio Natureza / Sérgio Sampaio

O triste disso tudo
É tudo isso
Quer dizer
Tirando nada, só me resta o compromisso


Com os dentes cariados da alegria
Com desgosto e agonia da manada
Dos normais


O triste disso tudo
É tudo isso
A sordidez do conteúdo
Dessas dias maquinais


E as maquinas cavando um poço fundo entre os braçais
É o mesmo mundo dos salões coloniais
Colônias de abutres colunáveis
Gaviões bem sociáveis
Vomitando entre os cristais


E as cristas desses galos de brinquedo
Cuja covardia e medo
Dão ao Sol um tom lilás


Eu vejo o morfo verde no meu fraque
E as moscas mortas no conhaque
Que eu herdei dos ancestrais


E as hordas de demônios quando eu durmo
Infestando horror noturno
Dos meus sonhos infernais


Eu sei que quando acordo
Eu visto a cara falsa
Infame
Como a tara do mais vil dentre os mortais


E morro quando adentro o gabinete
Onde o sócio o e o alcaguete
Não me deixam nunca em paz


O triste em tudo isso é que eu sei disso
Eu vivo disso e além disso
Eu quero sempre mais e mais


Eu sei que quando acordo
Eu visto a cara falsa
Infame
Como a tara do mais vil dentre os mortais


E morro quando adentro o gabinete
Onde o sócio o e o alcaguete
Não me deixam nunca em paz


O triste em tudo isso é que eu sei disso
Eu vivo disso e além disso
Eu quero sempre mais e mais


O triste em tudo isso é que eu sei disso
Eu vivo disso e além disso
Eu quero sempre mais e mais

Músicas mais populares de João Fênix

Outros artistas de