Bruxelas

Sabine Holler

Nos embebedamos de nos mesmos
Embalsamados em suor
Atentos a cada desespero
Que nos faz ficar a sós
Vai movimenta
Dedo nervo sai do chão
Te ergue nessa pele, e vê se fica vivo
Pra esquecer a maldade que faço parte

Segue em frente sem perdão
Que atirem pedras contra luz
Morde a lingua quem quer te ver queimar
Te temem
Quero ver seu grito de salvar
Quando escaldante ser a pele
Já não tem pra onde fugir
Nem suas sombras te protegem

De ecos tortos vindos de dentro dos cantos
Pra não te deixar escapar

Um morto fresco que te assusta
Você não quer ele aqui dentro
Te obrigando a escapar
Trocando medo por medo

De ecos tortos vindos de dentro dos cantos
Pra não te deixar escapar

Se você quiser é verdade
Todo caminho que faço tem maldade
Minto que posso te satisfazer
Só pra te ver ter a dor
Disso não acontecer

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