Poesia de Parabrisa
Ó que louco!
Um dia eu fui no mercado e aí tava caindo mó chuva
Eu fiquei no carro, esperando um pouco pra ver se passava
E, acho que eu vi uma poesia pelo para-brisa
Uma mãe com uma filha no colo, no carro parado
Parecia um filme do meu lado
A criança com a mão no volante
A mãe segurando, ela se divertindo
Girando de um lado pro outro
Achando que tava dirigindo
Deve ser como Deus faz com nóis, né?
Deixa a gente achar que tá no piloto
Nem que for um pouco, só meia horinha
E no fim, no fim nós somo' aquela menininha
No controle, mas de mentirinha
A vida inteirinha
Pensando que é grande sendo uma formiguinha