Hino do Amazonas
Nas paragens da história o passado
É de guerras, pesar e alegria
É vitória pousando suas asas
Sobre o verde da paz que nos guia
Assim foi que nos tempos escuros
Da conquista apoiada ao canhão
Nossos povos plantaram seu berço
Homens livres na planta do chão
Amazonas de bravos que doam
Sem orgulho, nem falsa nobreza
Aos que sonham, teu canto de lenda
Aos que lutam, mais vida e riqueza!
Hoje o tempo se faz claridade
Só triunfa a esperança que luta
Não há mais o mistério e das matas
Um rumor de alvorada se escuta
A palavra em ação se transforma
E a bandeira que nasce do povo
Liberdade, há de ter no seu pano
Os grilhões destruindo de novo
Amazonas de bravos que doam
Sem orgulho, nem falsa nobreza
Aos que sonham, teu canto de lenda
Aos que lutam, mais vida e riqueza!
Tão radioso, amanhece o futuro
Nestes rios de pranto selvagem
Que os tambores da glória despertam
Ao clarão de uma eterna paisagem
Mas viver é destino dos fortes
Nos ensina, lutando a floresta
Pela vida que vibra em seus ramos
Pelas aves, suas cores, sua festa
Amazonas de bravos que doam
Sem orgulho, nem falsa nobreza
Aos que sonham, teu canto de lenda
Aos que lutam, mais vida e riqueza!
O Canto de Luta e Esperança do Amazonas
O "Hino do Amazonas" é uma composição que exalta a história, a cultura e os valores do povo amazonense. A letra do hino reflete a trajetória de lutas e conquistas do estado, destacando a bravura e a generosidade de seu povo. A menção às "paragens da história" e ao "passado de guerras, pesar e alegria" remete aos períodos de conflitos e vitórias que marcaram a região, enfatizando a vitória como uma entidade que se estabelece sobre a paz, simbolizada pelo "verde" que guia o estado, uma clara referência à vasta floresta amazônica.
A segunda estrofe do hino aborda a época da conquista, onde a resistência e a determinação dos povos nativos são lembradas. A imagem dos "homens livres na planta do chão" evoca a ideia de que, apesar das adversidades e da opressão, os habitantes originais do Amazonas mantiveram sua liberdade e dignidade. O hino também faz uma crítica ao orgulho e à falsa nobreza, valorizando aqueles que doam e lutam por um ideal maior, seja ele um sonho ou a busca por uma vida melhor e mais rica em oportunidades.
Por fim, o hino olha para o futuro com otimismo, onde o tempo se torna "claridade" e a esperança vence as lutas. A transformação da palavra em ação e a liberdade que destrói grilhões são metáforas para o progresso e a emancipação social. A referência aos rios, à floresta e às aves celebra a biodiversidade e a beleza natural do Amazonas, enquanto ensina que a vida é para os fortes, uma lição aprendida na luta diária pela preservação da floresta e de seu ecossistema. O hino é um convite à reflexão sobre a identidade amazonense, a resistência de seu povo e a esperança de um futuro próspero e justo.