Norma

Heitor Humberto

Norma, por que você não larga a mão de ser tão normal?
Esquece esse mito de que negrito não casa com arial
Nessa vida tão regrada eu sei que cada um tem seu papel
Você anda alinhada e eu ao léo

Figura ilustrada, ilustre figura
Cheia de títulos e de escrituras
Te descrevo a minha desventura
Mas não preco a fé
De que num belo dia termine a tortura
Nada justifica essa ditadura
Quando você vai me notar no rodapé?

Eu sei que sempre perco o time
E quão comic são as minhas referências
Norma, até mesmo quem não se importa
Não suporta a sua ausência

Norma, de qualquer forma
De forma alguma
Ou seja, em suma
Cê sabe, eu sumo
Para nunca mais voltar
E pode ser impressão minha
Pode ser verdade
Você fala sozinha
Nas morre de vontade
De ter alguém pra te salvar
Salvar como eu

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