Samba-Enredo 2024 - Pede Caju Que Dou... Pé de Caju Que Dá!

Diego Nicolau / Paulinho Mocidade / Marcelo Adnet / Richard Valença / Orlando Ambrosio / Gigi Da Estiva / Lico Monteiro / Cabeça Do Ajax

Letra Significado

Eu quero um lote
Saboroso e carnudo
Desses que tem conteúdo
O pecado é devorar
É que esse mote beira antropofagia
Desce a glote, poesia
Pede caju que dá
Delícia nativa
Onde eu possa pôr os dentes
Que não fique pra semente
Nem um tasco de mordida
E aí Tupi no interior do cafundó
Um quiprocó virou guerra assumida

Provou Porã, fruta do pé se lambuzou, Tamandaré
O mel escorre, olho claro se assanha
Se a polpa é desse jeito, imagine a castanha

Por outras praias a nobreza aprovou
Nas redondezas se espalhou, tão fácil, fácil!
E nesta terra onde tamanho é documento
Vou erguer um monumento para Seu Luiz Inácio
Nessa batalha teve aperreio
Duas flechas e no meio uma tal Cunhã-Poranga
Tarsila pinta a sanha modernista, tira a tradição da pista
Vai Debret! Chupa essa manga!
É tropicália, tropicana, cajuína
Pela intacta retina, a estrela no olhar
Carne macia com sabor Independente
A batida mais quente, deixa o povo provar

Meu caju, meu cajueiro
Pede um cheiro que eu dou
O puro suco do fruto do meu amor
É sensual, esse delírio febril
A Mocidade é a cara do Brasil

O Samba-Enredo da Mocidade e a Celebração do Caju: Uma Viagem Cultural

O samba-enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel para o carnaval de 2024, intitulado 'Pede Caju Que Dou... Pé de Caju Que Dá!', é uma verdadeira ode ao caju, fruto tropical que é símbolo de brasilidade e diversidade cultural. A letra da música é uma mistura de referências históricas, culturais e sociais, que se entrelaçam para contar uma história que vai além do simples ato de saborear um fruto.

A letra começa com uma alusão à tentação e ao desejo, comparando o ato de comer caju a um 'pecado' de tão prazeroso. A menção à antropofagia remete ao movimento modernista brasileiro, que propunha a 'devoração' da cultura estrangeira para a criação de uma identidade nacional autêntica. O samba segue narrando a história do caju, desde a sua descoberta pelos povos indígenas, representados por figuras como Porã e Tamandaré, até a sua apreciação pela nobreza e sua expansão por outras terras.

O samba também faz referências a figuras históricas e culturais importantes, como Tarsila do Amaral e Jean-Baptiste Debret, artistas que retrataram a riqueza da cultura brasileira em suas obras. A menção a 'Seu Luiz Inácio' pode ser interpretada como uma homenagem ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, associando-o à grandeza e à popularidade do caju. A Mocidade Independente, conhecida por seus desfiles vibrantes e inovadores, utiliza o caju como metáfora para a própria escola, que se apresenta como 'a cara do Brasil', destacando a sensualidade, a alegria e a energia contagiante do povo brasileiro e do carnaval.

Curiosidades sobre a música Samba-Enredo 2024 - Pede Caju Que Dou... Pé de Caju Que Dá! de G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel (RJ)

De quem é a composição da música “Samba-Enredo 2024 - Pede Caju Que Dou... Pé de Caju Que Dá!” de G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel (RJ)?
A música “Samba-Enredo 2024 - Pede Caju Que Dou... Pé de Caju Que Dá!” de G.R.E.S. Mocidade Independente de Padre Miguel (RJ) foi composta por Diego Nicolau, Paulinho Mocidade, Marcelo Adnet, Richard Valença, Orlando Ambrosio, Gigi Da Estiva, Lico Monteiro e Cabeça Do Ajax.

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