Ao Soldado Desconfiado

Diz-me se és o meu reflexo, Ó fonte vulgar
Diz-me onde esconder a arma que eu soube enferrujar
Castro com castro edificas, eu castro o gesto a que incitas
Estátua de orgulho gelada sobre esta água parada
O vento de amanhã quando soprar desagregará o tempo presente
A memória da batalha clássica foi-se, a bandeira ser-me-á indiferente
Vim para devolver as cidades aos intoxicados da terra
Será nos gabinetes que se ditará a nova guerra
Sempre que fui combater rastejei pelo chão
Onde nem a beladona cresce tocando o musgo com a mão
Descarnado de alma, mas mantendo a calma
Dilacerado esforço em vão

O vento de amanhã esfuma os viciados do controle
O cheiro a carne assada humana será uma recordação
Nem mais um soldado anónimo dormirá neste caixão
Sonhando arrogante com o nome da sua batalha banal

O vento de amanhã quando soprar desagregará o tempo presente
A memória da batalha clássica foi-se, a bandeira ser-me-á indiferente
O cheiro a carne assada humana será uma recordação
Nem mais um soldado anónimo dormirá neste caixão
Sonhando arrogante com o nome da batalha banal

Curiosidades sobre a música Ao Soldado Desconfiado de Gnr

Em quais álbuns a música “Ao Soldado Desconfiado” foi lançada por Gnr?
Gnr lançou a música nos álbums “Tudo o Que Você Queria Ouvir - O Melhor dos GNR” em 1996 e “Voos Domésticos” em 2011.

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