Aos Tapas Com O Temporal

A tarde boceja um vento na volta do corredor
E o gado veio a tranquito pras bandas do parador
Lá na lonjura uma garça cortou o horizonte gris
Parecia a mão de deus escrevendo com um giz.

A noite estendeu seu poncho, se atorou um raio no meio
Abriu os rojões do tempo e o aguaceiro se veio
Não se via um palmo a diante a não ser num relampo
Mostrando um mar campo a fora se esparramando no campo.

A estrada abriu-se d’água, perdi o rumo do passo
Com o vento ondulando tudo e a chuva dando guascaço
A água vinha roncando tingindo a terra vermelha
Tal sangue de uma degola bufando fora das veia.

Passei a noite a cavalo de molho num banhadal
Tomando coice e raio e os tapas de um temporal

Só fui criar a alma nova num outro dia bem cedo
Ao ver de longe o meu rancho entre a copa do arvoredo

Curiosidades sobre a música Aos Tapas Com O Temporal de Gaúcho da Fronteira

Quando a música “Aos Tapas Com O Temporal” foi lançada por Gaúcho da Fronteira?
A música Aos Tapas Com O Temporal foi lançada em 2009, no álbum “Gaúcho Doble Chapa”.

Músicas mais populares de Gaúcho da Fronteira

Outros artistas de Regional