Pombinhos
Erotides de Campos
Foram ternos pombinhos
Que voaram daqui p'ra ’lém
Bem escondidinhos
Sem acordar ninguém
São meigos passarinhos
Que fugiram com desdém
Nutrindo mil carinhos
No amor que lhes convém!
Ao romper da madrugada
Arrulhando de mansinho
Numa chuva da alvorada
Foram construir seu ninho
Ditosos pombinhos
Virados à tremular
Lá foram juntinhos
Indo ao lar, voar!
E assim, bem alegrinhos
Caminhando sem cessar
Chegaram cansadinhos
E já foram repousar