Morada
Faço de mim
Casa de sentimentos bons
Onde a má fé não faz morada
E a maldade não se cria
Me cerco de boas intenções
E amigos de nobres corações
Que sopram e abrem portões
Com chave que não se copia
Observo a mim mesmo em silêncio
Porque é nele onde mais e melhor se diz
Me ensino a ser mais tolerante, não julgar ninguém
E com isso ser mais feliz
Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo
Faço de mim
Parte do segredo do universo
Junto a todas as outras coisas as quais
Admiro e converso
Preencho meu peito com luz
Alimento o corpo e a alma
Percebo que no não-possuir
Encontram-se a paz e a calma
E sigo por aí viajante
Habitante de um lar sem muros
O passado eu deixei nesse instante
E com ele meus planos futuros
Pra seguir
Sendo aquele que sempre traz amor
Sendo aquele que sempre traz sorrisos
E permanecendo tranquilo aonde for
Paciente, confiante, intuitivo
Forfun e a Morada Interior: Uma Jornada de Positividade e Autoconhecimento
A música Morada, da banda Forfun, é uma verdadeira viagem introspectiva que convida o ouvinte a refletir sobre a importância de cultivar um espaço interno de paz e positividade. A letra da canção sugere uma construção metafórica da própria alma ou psique como uma 'casa' onde habitam sentimentos e intenções. A escolha de manter afastados a má fé e a maldade é uma decisão consciente do eu lírico, que busca se cercar de boas intenções e amigos virtuosos, aqueles que são verdadeiros e leais, simbolizados por 'portões' que se abrem com chaves únicas e não replicáveis.
A introspecção é um tema central na música, onde o silêncio é valorizado como um espaço de autoconhecimento e crescimento pessoal. O eu lírico se propõe a aprender a tolerância e a não julgar, entendendo que essas atitudes são caminhos para a felicidade. A repetição dos versos 'Sendo aquele que sempre traz amor' e 'Sendo aquele que sempre traz sorrisos' reforça a ideia de que a bondade e a alegria são escolhas que podem ser feitas independentemente das circunstâncias externas.
A canção também aborda a ideia de desapego e a compreensão de que a verdadeira paz e calma estão no 'não-possuir'. O eu lírico se apresenta como um viajante, um 'habitante de um lar sem muros', indicando uma liberdade de espírito e a capacidade de viver o momento presente sem se prender ao passado ou se preocupar excessivamente com o futuro. A banda Forfun, conhecida por seu estilo que mistura rock, reggae e ska, transmite nessa música uma mensagem de leveza e otimismo, incentivando uma vida mais consciente e harmoniosa.