Lamento Sertanejo
Nessa festa não falta coisa alguma
Tem pamonha com carne de galinha
No recanto do quarto da cozinha
A donzela da casa se perfuma
Sanfoneiro, se aprume e beba uma
Bote a mão na sanfona e toque um dó
Eu pretendo escutar o siridó
Asa branca, baião, e juazeiro
Tem sanfona, triângulo e tem pandeiro
Porque diabo não toca esse forró?
(Bruno Lins)
Por ser de lá
Do sertão, lá do cerrado
Lá do interior do mato
Da caatinga e do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado
Por ser de lá
Na certa, por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão, boiada caminhando à esmo