De-com-po-si-ção

Fex Bandollero

[Refrão x8]
De-com-po-si-ção

[Verso 1]
A droga é uma arma do baratão, não vejo salvação
É mais fácil você achar o Faustão do que uma solução
Se uma pessoa te estende a mão, na outra já quer o dinheiro
"Fuma esse comigo, eu sou seu amigo, aperta e dá o primeiro"
Proibida ou liberada é droga e não muda em nada
[?] madame, mas te deixa embriagada
Coitado, com o mínimo gasta tudinho no bote perto de casa
Mas comida no prato e roupa pro filho hoje em dia virou coisa rara
O tio fecha o vidro do carro
"Não tenho trocado, isso aí é drogado"
Enquanto seu filho, um advogado, com copo lotado cheira do importado
Na febre por droga, o boy se transforma e surge outro ladrão
Moleque de nove sustenta a família, correndo como avião
Na esquina, com ouro e carrão
Na biqueira, ele é o patrão
Mas acho que não é ele, não
Porque não tem barco e não vi avião
Maconha não é droga
Trocaram essas bolas
Deu câncer no pulmão
Venha pro mundo que te ilude e te joga na decomposição, meu irmão

[Refrão x8]
De-com-po-si-ção

[Verso 2]
Puxa a ponto, engatilha, mira, atira no próprio irmão
Sem debate, acerto, perdão
Em nome da honra, sem compaixão
Fulanos querem de chapéu
Você derruba quando certo sem defesa
Foram cobrados na injusta
Sensação de poder na mão pelo errado, joga o jogo
"Oh, Cuco, dane-se o [?]"
Não, doidão, o inimigo é outro
As armas são o câncer que corroem nossos manos
Ontem que os se amavam, hoje estão se matando
Na favela, poucos conhecem o www, HD, Internet
O que? Mouse, teclado
Ao contrário da .40, da quadrada, da matraca
O sangue, amor e ódio, misturado com as lágrimas
O mundo tá louco, nós tá louco, tá tudo louco
Os pais enterram seus filhos, um atrás do outro
Decomposição em fração de segundos
Engatilha, engatilha a mente pra mudar o mundo

[Refrão x8]
De-com-po-si-ção

[Verso 3]
O homem nasce bom, porém o mundo o corrompe
O demônio não vale um conto, quem não o conhece que o compre
Cada tentação
O dinheiro que tu pode pegar se ter direito
É uma provação
Pra ver se tu pega o caminho, largou o estreito
O que tá feito, tá feito
Pra se redimir, sei mais ou menos como
O arrependimento
Em que saída que bomba sangue pro corpo
Cada um tem sua parcela
Quem rouba mais, atrapalha mais
Se roubar da viela, cai no alçapão de Satanás
A história é mais ou menos assim, preste atenção em mim
Te leva ao fim, no limite, quase pra matar
Quem tira da boca do teu curumim
Pra botar no pescoço da rica, ouro e joias raras
A cobiça é bem cara e o preço é fugir de bala
Mas a máfia se estabelece no poder com os votos que depositamos
Confiamos nos tiranos que a cada chance estão nos roubando
Com muita dedicação, acharemos a solução
E não será em vão
Mas, infelizmente, não acredito que mude a situação

[Refrão x8]
De-com-po-si-ção

[Verso 4]
Parece que tá todo mundo feliz no país das maravilhas
Parece que os problemas estão a milhas e milhas e milhas
Mas não é a verdade, não é a real
Tá todo mundo mal aqui no nosso quintal
Afinal, tem carnaval, futebol, novela surreal, diversão
Ilusão que aliena, condena, maldição que domina a razão
Fortíssima a produção em massa de massa de manobra
Que de quem rouba nada cobra
E se contenta com a sobra, quando sobra
Bela obra do arquiteto peçonhento
Como cobra, te anula por envenenamento
Se desdobra e parte logo pro arrebento
Dá o bote, paralisa a sociedade 100%
Fica sem movimento, mas casca o bico da própria desgraça
Uma hiena que acha graça do sufoco louco que passa
Drogas, armas, corrupção e oba-oba
Quem ri por último é o sistema, que quer que a gente se exploda

[Refrão x16]
De-com-po-si-ção

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