Prosa

Altair Dos Santos / Guga Borba / Guilherme Cruz

Maneiras certeiras
Que fazem um homem acordar,
Ladeiras faceiras
Que fazem a terra girar.

Fazendas e lendas
Que fazem a história andar,
Mangueiras rodeiras
Que fazem o boi caminhar.

Quando for mais tarde, vai.
Assim um entra, o outro sai,
Lá atrás da serra cai,
Enquanto um vem, o outro vai.

Vai alimentar tuas certezas,
Vai, suportar tuas tristezas,
Vai considerar tuas levezas,
Mesmo se o dia acabar
Ou mesmo se não acabar.

Na lida, pedreira
Que faz o homem avançar.
Na sina, estradeira
Que faz a cerca acabar.
Rasteira, ligeira
E faz a poeira abaixar,
Que afina, destina,
E deixa a "traia" secar.

Quando for mais tarde, vai.
Assim um entra, o outro sai,
Lá atrás da serra cai,
Enquanto um não, o outro sim.

Sim! Sou a resposta pra pergunta.
Sim! A natureza toma conta.
Sim! Eu sou a mira que te aponta,
Mesmo se o dia acabar
Ou mesmo se não acabar.

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