A Desconhecida
Numa tarde tão linda de Sol
Ela me apareceu
Com um sorriso tão triste
Um olhar tão profundo, já sofreu
Suas mãos tão pequenas e frias
Sua voz tropeçava também
Me falava da infância de lágrimas
Nunca teve ninguém
Nunca teve amor
Não sentiu calor de alguém
Nem sequer ouviu a palavra carinho
Seu ninho não existiu
Sinceramente eu chorei de tristeza
Ao ouvir
Tanta coisa que a vida oferece
Que a gente padece
Sem querer
Depois de tudo que ouvi
Não consigo esquecer
Ela me disse adeus e se foi
Nem seu nome eu sei dizer
De onde ela veio, pra onde ela vai?
Não sei dizer
A Desconhecida: Uma Canção de Solidão e Mistério
A música A Desconhecida, interpretada pelo cantor brasileiro Fernando Mendes, é uma balada romântica que narra o encontro breve e impactante com uma mulher misteriosa. A letra descreve uma personagem feminina que surge de forma inesperada e cuja presença é marcada por uma tristeza profunda e uma história de vida repleta de carências afetivas. A canção, lançada na década de 70, tornou-se um clássico da música popular brasileira, refletindo o estilo sentimental e romântico que caracteriza muitas das obras de Fernando Mendes.
A letra da música é carregada de emoção e descreve a mulher desconhecida como alguém que sofreu muito, aludindo a uma infância difícil e à falta de amor e carinho. As imagens poéticas, como as 'mãos tão pequenas e frias' e o 'sorriso tão triste', constroem uma narrativa que evoca compaixão e curiosidade no ouvinte. A música toca em temas universais como a solidão, a busca por conexão humana e a dor que acompanha a ausência de afeto.
O mistério que envolve a personagem é acentuado pelo fato de que, após compartilhar sua história, ela desaparece sem deixar rastros, nem mesmo seu nome é revelado. Essa ausência de identidade e a falta de respostas sobre sua origem ou destino provocam uma sensação de incompletude e reflexão sobre as muitas histórias não contadas que encontramos ao longo da vida. A Desconhecida é uma música que, através de sua melodia melancólica e letra poética, convida o ouvinte a contemplar as dores ocultas que muitas vezes passam despercebidas no cotidiano.