Por Acaso
Fernandes
Nas quebradas da cidade
Nas ruas nenhuma alma viva
Nem nos becos, nem nas estações
Arraiais de detalhada paisagem
Que vistos na água da chuva
Brilham nos vidros dos carros
Onde já não se contenta em só ter ilusões
Fora de casa ou procurando
Qualquer coisa por aí.
Estranhas ruas fora dos mapas
A carência somando com o nada
Aos olhos de quem pode ver
E as mudanças que surgiam
Da cultura dessa gente
Inexplicavelmente eram
Como se fosse um furacão.
Mas nada é por acaso
Nem um milagre acontece
Nem tudo que reluz é ouro
Nem se pode crer em tudo que aparece.