Corações Loucos
Frederico de Brito
Deixa, larga-me de mão
Ninguém te mandou cá vir
Loucuras de coração
Dão-me vontade de rir
Não sejas impertinente, já disse
Não posso escutar-te agora, não posso
Era uma tolice, como se eu não visse
Que o mal é só nosso
Tem calma... Olha os dias que lá vão
E não confundas a alma com o doido coração
Isto p'ra mim não tem graça, mas passa
Também não faças alarde, que é tarde
O caso é p'ra meditar
Pois queres que eu faça castelos no ar
Deixa, larga-me depressa
Que o tempo passa a correr
E quando a vida começa
É bom sabermos viver
Não quero arrependimentos, não quero
Também p'ra ser teu joguete não presto
Já muito eu tolero, de mais nada espero
Depois vê- se o resto