Majestoso

Gabriel Severino

O amor ao senhor é o princípio que me guia
Por meu pai multiplicam-se meus dias
Rastafari banquete de sabedoria
Excelentíssima trindade sua doutrina

Com louvor agradeço minha sina
Ganho escudos pro que contamina
Vou no caminho que a placa indica
A luz não faz comunhão, com as trevas não combina

O índio que se infiltra seu dia-a-dia,
Via celular, tocando na sua campainha
Na porta da sua casa, boca suja, língua impura
Convidando-te pra residir na casa da tortura

Misericordia dessa mente tão pagã
Cego acorrentado trabalhando pro satã
Ostenta prostituta, prata e outro
Como boi apressado a ir pro matadouro
Tramando a própria morte
Em direção ao mangue
Com os pés apressados correndo, pra derramar o próprio sangue

Cabeças rolam e eu ouço o estouro com clareza
Desvio o meu pé da sua vereda com certeza
Aborrecendo a babilônia que pecamina
Já abomina sua boemia
Quem milita, faz de glória sua vida
O tempo é rei, a bênção vem, mesmo que tardia, mesmo que tardia.

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