Seresta de Bairro
Hoje é sexta-feira
Mais um fim de semana
Que ela não liga, não liga
Que disgrama
Carro de som anunciando
Lá na mocinha, o pau quebrando
Hoje é pinga, na esquina
Tô chegando
Aumente o som, que é só enchendo e derramando
Eu vou beber que nem um condenado
Tô largado na seresta desse barzinho de bairro
Eu vou beber que nem um condenado
Arrochando na seresta do ormar e seus teclados
Eu vou beber que nem um condenado
Tô largado na seresta desse barzinho de bairro
Eu vou beber que nem um condenado
Arrochando na seresta do ormar e seus teclados
Aumente o som, que é só enchendo e derramando
Eu vou beber que nem um condenado
Tô largado na seresta desse barzinho de bairro
Eu vou beber que nem um condenado
Arrochando na seresta do ormar e seus teclados
Eu vou beber que nem um condenado
Tô largado na seresta desse barzinho de bairro
Eu vou beber que nem um condenado
Arrochando na seresta do ormar e seus teclados
A Melancolia e a Festa: Uma Análise de Seresta de Bairro de Evoney Fernandes
A música Seresta de Bairro, interpretada por Evoney Fernandes, é uma expressão típica da cultura de barzinhos e serestas que permeiam muitas cidades brasileiras, especialmente no interior. A letra da canção reflete um sentimento de desilusão amorosa, onde o protagonista se vê ignorado pela pessoa amada, que 'não liga, não liga'. Essa indiferença é o ponto de partida para uma noite de bebedeira, onde o personagem busca alívio para sua dor emocional na companhia do álcool e da música ao vivo, elementos centrais na vida noturna de muitos bairros.
O refrão 'Eu vou beber que nem um condenado' sugere uma tentativa de esquecer os problemas, entregando-se à bebida como uma forma de punição autoimposta ou como um escape da realidade. A repetição dessa frase ao longo da música reforça a ideia de que a bebida é o refúgio encontrado pelo protagonista para lidar com a rejeição. A seresta, um estilo musical que costuma ser romântico e boêmio, aqui serve de pano de fundo para essa fuga da realidade, com 'Ormar e seus teclados' provavelmente se referindo a uma banda local que anima o ambiente do 'barzinho de bairro'.
A música, portanto, retrata uma cena comum em muitas localidades: a busca por diversão e esquecimento dos problemas pessoais através da música e da bebida. A seresta de bairro se torna um espaço de catarse e socialização, onde as dores do amor são afogadas em copos e a melancolia se mistura com a festa. Evoney Fernandes, ao cantar essa história, conecta-se com um sentimento universal de busca por alívio e alegria, mesmo que momentâneos, em meio às adversidades da vida amorosa.