No Balanço do Mar
Já naveguei maremoto e calmaria
No meio-dia tapeia a luz do Sol
Incendiei o mar da melancolia
Pra pescar tua alegria
Fui a isca e o anzol
A minha nau capitã dos meus amores
Em cada porto deixou uma paixão
O vento muda a rota dos meus sabores
Naveguei todas as cores
Pra virar camaleão
E agora que eu cheguei
Tô querendo te levar
No canto da sereia
No colo de Iemanjá
Sou eu, sou eu, sou eu marinheiro
Quem te ensinou a nadar sou eu, sou eu, sou eu
Marinheiro só
No balanço do mar
A terra firme é pra se perder de vista
Eu sigo a pista da reta do meu olhar
Eu vou além da linha do horizonte
Meu desejo é minha ponte
Um mistério a me guiar
Sou a saudade de chico ferreira e bento
Sou a jangada que voltou sem pescador
Sou o farol que orienta o desatento
Eu faço curva no vento
Pra soprar o meu amor