Sino da Consciência
Não se esqueça nunca
De fechar a porta
De molhar a horta
Que me dá a comer
Que me dá as dicas
Da subsistência
Sei que a persistência
É modo de vencer
Não fique parado
Enquanto a vida passa
Quando a voz da massa
Vem pra nos chamar
Já badala o sino
Dessa consciência
Numa efervescência
Não fique sorrindo
Quando a fome grita
No prato vazio
De tanto esperar
Do lado de fora
Da sua janela
Tem gente na espera
Querendo falar
Não festeja a festa
Antes do começo
Pode haver tropeço
E ela se acabar
Tem que ter prudência
Do princípio ao fim
É melhor assim
Não despreze o certo
Por tantas promessas
São tantas conversas
Coisas de endoidar
Se a palavra é fácil
E o efeito é ruim
É mais firme o chão
Do que estar no ar
Não fique parado
Enquanto a vida passa
Quando a voz da massa
Vem pra nos chamar
Já badala o sino
Dessa consciência
Numa efervescência
Não esqueça nunca