Pedaços de Histórias
Quantas lágrimas de dor alguém consegue ter
Para segurar
Até onde vai a força do seu coração para não notar
Que a gente vai ficando velho a cada dia que se passa
Para no final ver, que não tem amigo algum
Quando a lua vir, eu vou me esconder
Para ninguém me ouvir, e para ninguém me encontrar
Foi ilusão, e eu dei de mim o meu melhor
Para depois ver, que há sempre alguém querendo o mal
Eu percebi que as vezes do silência vem o respeito
E a compreensão, e que depois de todas as mentiras vem
as desculpas
Mas comigo desta vez não (...)
Quantas páginas de anúncios, eu sou capaz de ler
Para decidir
Em qual cidade ou qual estado eu vou querer ficar
Para descançar em paz
Será que você pode entender o que eu estou sentindo
Pensei que tinha amigos mas no fundo eu era tão só
E quando eu acordar, eu vou querer dormir a mais
Para não lembrar, e nem ter que encarar assim
NAda mudou, nem com certeza mudará
Pois quem ficou, não vai querer lhe encontrar
Sem fotos sem discursos sem piadas sem conversas
bobas
Sem noite madrugada sem irmã e sem destino algum
Então vejas bem, e preste atenção em mim
Pois vou dizer o que com o tempo eu aprendi
Ninguém vai vir, lhe dar a mão para lhe erguer
Ou lhe ajudar, no dia em que você chorar
Por não ter nada
Ou por perder o que ganhou
Por não ser nada
Daquilo que sempre sonhou
Por não ter nada
E sabendo que não vai mudar
Triste jornada
E um novo ano ainda vai chegar
Este é o destino do mundo
Cada um por sí sob o sol
Juntando seus pedaços de histórias
Para chegar a mesma conclusão que eu
Quantos passos sem destino em meio a escuridão
Terei de dar
Quantas frases formuladas e quantas conclusões
Para diferenciar
Os olhos se fecharam e as promessas se partiram
Nem mesmo da verdade uma razão para perdoar