Valsa do vestito
Nem poesias nem baladas,
apenas água e calma.
Abre a alma e mostra os seios,
entre os seios me abrigue sem receio.
Na sua boca a minha ao meio,
as línguas dançam uma valsa,
ninguém sabe de onde veio
a sua pele, neve branca que flutua.
Boca e sextos sentidos,
tantos sons esquecidos,
buscam beijos perdidos
por debaixo de uma saia,
por debaixo dos vestidos.
Olhos fechados sonham sonidos.
Manhã amanhece um outro sol no caminho.