Cotidiano Em Rimas

Sandro Rabelo

Quanta maldade uma bala, uma bala faz
Quanta tristeza uma bala, uma bala traz

Bum!! Começa mais um dia no meu Rio de Janeiro
Não se assuste, estrangeiro
É assim o ano inteiro, de janeiro a janeiro, de governo a governo

Promessas foram feitas pra essa porra mudar
E o resultado disso tudo eu vou cantar sem parar

Quanta maldade uma bala, uma bala faz
Quanta tristeza uma bala, uma bala traz

Vivemos novas regras de uma nova era
(e é melhor abrir o olho, que o jogo é a vera)
Não importa se é no asfalto ou no alto de uma favela
(violência e correria numa cidade tão bela)
O que impera aqui é a lei do mais forte
(dessa guerra você só escapa vivo com sorte)
E a quebra da regra, é paga com a morte
(é paga com a morte)

Quanta maldade uma bala, uma bala faz
Quanta tristeza uma bala, uma bala traz

Quando o tiroteio começar, o que pedir a Deus?
Quando a bala te acertar, e só te resta gritar
Não!!

Rio de Janeiro, terra abençoada
Crianças abandonadas tomam conta dos sinais
A violência e a miséria ocultadas
Nos cartões postais, nos cartões postais

Quanta maldade uma bala, uma bala faz
Quanta tristeza uma bala, uma bala traz

Quanta maldade uma bala, uma bala faz
Quanta tristeza uma bala, uma bala traz

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