Um Cantar De Fronteira
Boleio a perna com gosto
Judiado da carreteira
E o vento vem me encontrar
Enquanto arrasto a porteira
Sai do charco dos meus olhos
Uma gota verdadeira
E a alma arrocina um verso
Para um cantar de fronteira
Ressurge a voz dos valentes
Com sotaque de galpão
Um canto simples somente
Mas que nutre o coração
Concebido nas estâncias
Onde um par de rédea impera
Parido ao redor do fogo
Se arrinconou nas taperas
Rebrota com alma pampa
Curtido nas estiagens
Derruba a cria cantando
Pura expressão de coragem!
Porque a voz que vem de tiro
Pra quem entende... É sonora!
Carrega o timbre do campo
No canto que sai da espora
Carrega o timbre do campo
No canto que sai da espora
Boleio a perna com gosto
Judiado da carreteira
E o vento vem me encontrar
Enquanto arrasto a porteira
Vem do charco dos meus olhos
Uma gota verdadeira
E a alma arrocina um verso
Para um cantar de fronteira
E a alma arrocina um verso
Para um cantar de fronteira
Bem assim chega esse canto
Sem pretensão e nem balda
Lições de avós na memória
E a fronteira a meia espalda
Não é maior, nem menor
Quem sabe nem mesmo igual
Mas que contempla a essência
Mas que contempla a essência
Dos que lambem o mesmo sal
Boleio a perna com gosto
Judiado da carreteira
E o vento vem me encontrar
Enquanto arrasto a porteira
Vem do charco dos meus olhos
Uma gota verdadeira
E a alma arrocina um verso
Para um cantar de fronteira
Boleio a perna com gosto
Judiado da carreteira
E o vento vem me encontrar
Enquanto arrasto a porteira
Vem do charco dos meus olhos
Uma gota verdadeira
E a alma arrocina um verso
Para um cantar de fronteira
E a alma arrocina um verso
Para um cantar de fronteira