Endorfina
Quando me perguntei o que eu tava procurando
Me deparei pelo espaço do vasculhaste
A lua minguante feito um sorriso no céu pra mim
Coadjuvantes viverão sedados a não intervir no fim da história
Eu to fitando o horizonte
Ouvi falar que expectativa é uma merda e nunca duvidei
Mas só notamos quando estamos em apneia e esse é o problema
Feito expectadores especulando o preço dos imóveis
Eu to submerso desviando de enguias elétricas
Pediculatis e suas lâmpadas me aguardam a uns metros abaixo
Submarino enferrujado, deve ser um naufrágio
É, só pode
É que a cidade sofre inchado, arqueólogos escavam ruinas
Os muros altos bem difíceis de passar por cima não são nada após algumas doses de endorfina, então sublima, então sublima
Só não venha com suas desculpas, eu ando meio atrasado
Desidratados não choram, apenas rasgam contratos
Quebram promessas e ocupam espaços
Todo mundo mente feito sorrisos falsos nas propagandas de creme dental
Clarearam o enigma, grana na carteira e ideias cancerígenas
Brindando a santa ceia com más influencias e conversas estendidas porque dígitos não fazem sentido nessa interpretação
Continuo como reflexos dessa vastidão de enfrentamentos
Necessários ou não, talvez falta de visão
É que amplitude é estar suave em meio ao desespero da comunhão
Caça níqueis e podridão, então, sirva-se
Pegue seu copo e sirva-se