Doutor

AFONSO JOSE VIEIRA DA SILVA, UNKNOWN UNKNOWN

Não vou alterar o que foi feito
A dor há-de queimar no meu peito
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Não vou alterar o que foi feito
A dor há-de queimar no meu peito
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Doutor, p'ra quê o bloco?
P'ra te alimentar o ego pouco a pouco, bloco a bloco, vou construir o teu lego
Alimento loucos mas não venho p'ra curar cegos
Por mais que montes não tenciono conhecer os netos
Impávido, quieto
Ágil intelecto
Proclamo tanto poema no quarto
Que já "ortografo" o teto
Conto garfos perto
O outro grafo é certo
Os pontos 'tão marcados, basta ligá-los, tu consegues
Droga e desemprego
Consumo e desapego
Tive perto de ser pêgo
Maior erro da minha vida
Visto algo indecente
Vou p'ro treino logo cedo
Nunca fui muito de correr
Mas quiseram-me na corrida, doc
Não vou alterar o que foi feito
A dor há-de queimar no meu peito
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Não vou alterar o que foi feito
A dor há-de queimar no meu peito
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Ok, filho pródigo que em código
Prevê o óbito deste próprio, 'tá óbvio que este fim 'tá mesmo próximo
Colho ópio em território
Que plantei ócio, num repertório
Que mesmo ótimo traz vocabulário demasiado impróprio
Aos 24 fugi do lar, onde acabei por voltar
O ordenado que 'tava a limpar nem dava p'ra me sustentar
E tudo o que tava a plantar demora anos a refilar
Muita merda p'ra adubar, pouca água p'ra regar
De volta à base
A cota já quase
Que nota que a fase
Tá a demorar demasiado
A malta deu o "bazo"
Anota a frase
Por muito que seja tarde
Vou colher o que foi plantado
Não vou alterar o que foi feito
A dor há-de queimar no meu peito
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Não vou alterar o que foi feito
A dor há-de queimar no meu peito
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Vá, ambos sabemos o motivo de 'tar aqui
O que antes era golpe baixo hoje p'ra mim é alibi
Sabe bem o que eu vivi
Sabe bem ser da elite
Quase tenho convite p'ro inferno num lugar cativo
Eu vivo fechado num ambiente sem coletivo
Eu tive calado mas ciente do objectivo
Habito numa mente que arranja motivos
Para disparar sentidos
Mesmo antes de qualquer perigo
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio
Doutor, não há nada que me receite
Que dê p'ra quebrar o receito de vir a abandonar o seio

Curiosidades sobre a música Doutor de Corvo'

De quem é a composição da música “Doutor” de Corvo'?
A música “Doutor” de Corvo' foi composta por AFONSO JOSE VIEIRA DA SILVA, UNKNOWN UNKNOWN.

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