Mente Carregada

Adriano / Aplick / W Dee

A mente carregada, outro bomba no crânio;
A batida pesada vai continuar, segue o mesmo plano;
O governo vai se fuder, polícia vai se fuder;
São os mesmos cérebros formando o paredão contra vocês.

O monstro criado trás o efeito necessário;
O sangue tem que parar de escorrer, derrubar os canalhas falsários;
Nas ruas extinções diversas, homicídio um mais feio que o outro;
A mina morta impressiona com uma sessão de tiros no rosto;
A cena fixada na mente vai te levar;
Alguns segundos pro interior do seu subconsciente;
Uma certa sensação estranha o envolve;
A verdade que chega de forma fria, muita treta, muita morte;
Imagine a fita toda tomada, nossa casa sendo derrubada;
Uma par de gringo no lugar dessa falsa pátria;
Os cachorros no poder ajoelhados tendo a mesma tortura;
Que é dada pros periféricos nas favelas, desvantagem das ruas;
Parece que seu coração acelera se for a fundo na idéia;
Que capaz de ter o mesmo pensamento que o meu nessa letra;
Que pode revolucionar com a união da periferia;
HC lado leste, CH o dia á dia.

(2x) A mente carregada, outro bomba no crânio;
A batida pesada vai continuar, segue o mesmo plano;
O governo vai se fuder, polícia vai se fuder;
São os mesmos cérebros formando o paredão contra vocês.

As cenas que você vê diversas vezes na televisão;
Trabalhador em momento de fúria, cega indignação;
Discordância aumenta em várias partes do país;
Cresce, se alastra profundando como uma raiz;
Do meu ponto de vista eu quero ver o penado pegando fogo;
Arruaça em nome da união, morro contra o todo;
Criaram a polícia na década de 70;
Para matar os guerrilheiros e até hoje ela mata os da favela;
Animais são as margens de um rio sujo;
Não uma nação humilde que aceita á tudo;
E você que me escuta assimila o que eu quero dizer;
Vem pro rap dos maloqueiros que é pesado e exige poder;
Peso grave, a rima é pra acertar na cara do sistema;
Quero ver o tombo, assistir a queda com decadência;
Dos que escravizam eu e você brasileiros de fé;
Morador de rua num mero barraco de madeira;
Vira pra qualquer lado e vai trombar a periferia;
Moleque de nariz escorrendo, pai de família no boteco bebendo;
Foda-se a constituição discrimina os que não têm dinheiro;
Tratando com desrespeito os cidadãos em completas ruínas.

(2x) A mente carregada, outro bomba no crânio;
A batida pesada vai continuar, segue o mesmo plano;
O governo vai se fuder, polícia vai se fuder;
São os mesmos cérebros formando o paredão contra vocês.

A doença que chega no morro derruba homens que tinham respeito;
No olhar tenho mais é que lidar, de todos resistir;
Um punhado de pedra mais uma vez conseguiu;
Abalar o sistema nervoso, se debate, a língua enrolada ao sufoco;
A overdose que põe pânico, uma revolução trás cenas drásticas;
Seu pai, sua mãe sentiram na pele o que era ditadura;
Cuidado ladrão que ela pode voltar, o descontrole é geral;
Quem quer melhoria bate de frente com o arsenal;
O cárcere da rua hoje parece leito de morte;
O sumiço sem explicação, o poder que dá o bote;
Você que me escuta, torço pela paz;
Mas tenho um nó enroscado na garganta;
Sentimento pra revolução, o peso que me acompanha;
Não concordo com o presidente, a mídia falsa como sempre;
Aquelas cresceram, hoje HC contra o sistema;
Parece que seu coração acelera se for a fundo na idéia;
Que é capaz de ter o mesmo pensamento que o meu nessa letra;
Que pode revolucionar com a união da periferia;
HC, lado leste DRR o dia á dia.

(2x) A mente carregada, outro bomba no crânio;
A batida pesada vai continuar, segue o mesmo plano;
O governo vai se fuder, polícia vai se fuder;
São os mesmos cérebros formando o paredão contra vocês.

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