Minha sorte

Bruno Silva Só / Ricardo Salmazo

Quem vem de longe logo me despeço
E muitas palavras meço para poder te contar
Toda a história desta amarga vida
Que de colorida só teus olhos a fitar
Mamãe me disse que foi de um despacho
Que depois do cambalacho que papai arrumou
Mas eu sou homem do santo bem forte
E o meu sangue é do norte.............Lalaiálalaiá
Não foi isso que me arruinou

Talvez por causa dos corações feridos
Que por vezes comovido
Deixei no mundo para trás
Talvez seja pelo tempo de valente
Garotão inconseqüente
Que já não existe mais
Talvez seja pelo impropérios
Proferidos por mistérios
Que nem Deus sabe a razão
Talvez seja pura sorte do destino
Que desde o tempo de menino
Tem me posto em provação

Seja qual for o motivo
Eu procuro lenitivo
Para a vida se aprumar
Se levo banda, caio de rasteira
Sempre bato a poeira
E logo volto a jogar
Pois a vida tem seus desatinos
E a sorte não recrimino
Por não querer me consolar
E o sol me anuncia todo dia
Que a chance que queria
Deus insiste em me dar.

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