A Cobrança
Nas quebradas de brasília
Vagabundo na estiga
Paga, pega a boa na madruga
Estica fuma cheira pira não vacila
Joga o flagrante na ideia
Da perdido nos polícia na escuridão da selva.
Tem maconha, coca, merla
Só tristeza, tiro, guerra
Vela acesa na viela
Os comédias dão maior guela
Só na quela é
Covardia desespero
Loucos pra centar o dedo
Nos confins da criminalidade
A violência faz o medo
Muito lobo disfarçado em pele de cordeiro
Os papa mick duas cara
Na loucura da rua
Se embrenha nos becos, nos atropelo
Engana Deus e o mundo
Se passa por maloqueiro
Aí neguinho rola o frevo
O bom malandro curte os peso
Bota fé daquele jeito
É, por vadia ou por dinheiro
Entre a pólvora e o aço
Só vai ficar de pé quem sapecar primeiro
Qualquer motivo é motivo então
Seja no crime ou no vício
Nos confins da criminalidade
A violência faz o medo
A morte não tem hora pra chegar
Aí parceiro pra morrer é dois palitos,
Pra morrer é dois palitos.
Vacilou os doido mete fogo
Descuidou fodeu só tem louco
Traidor amanhece no esgoto
Você vale o que tem no bolso
De esquina em esquina
Cabuloso é nitroglicerina pura adrenalina
Viciado joga perde a vida
Na miragem ne casinha de vadia
Ou no tubo da seringa
Pode crer tipo assim, os gambé podem vim.
Malandro chega aí, tem que saber curtir.
Pra não se destruir
Enquanto o tambor roda malandro se joga
A cachorrada vem na cola
Molecada sai nas toras
Mão na cabeça encosta, encosta
Na podridão do submundo
Na cachanga no varal
Já muito traira se dar mal
Conspirando atirando derrubando fulano e ciclano
Empenhorando o barraco na bocada
Sonhando com fau
Então pode crer
Se nego cresce o zoi no mundão
Dedo duro ta no sal vai pro pau
Cleck bum subiu mais um
Na mira dos canalha (biss)
No veneno da dum dum.
Vacilou os doido mete fogo
Descuidou fodeu só tem louco
Traidor amanhece no esgoto
Você vale o que tem no bolso
É bomba relógio no embrulho
Moleque doido afoito se perde no escuro
Então pra maioria pouco importa ser maluco
Ter o pavio curto
Pra colar com os vagabundo
E trocar tiro com os puto
É, no desse e sobe os bacana se envolve
Os ratos de entoque só se fode no estoque
Tropeça escorrega nas próprias pernas
Sai voado no pinote quando vê a nove
No sucesso ou na lama
Quem mata pela grana
Quem morre pela fama é
Não tem bala de festim
Na agulha do estopim
Vida nervosa, cabulosa
Aí malandro você colhe o que planta.
Vacilou os doido mete fogo
Descuidou fodeu só tem louco
Traidor amanhece no esgoto
Você vale o que tem no bolso