No Próprio Chão
Gonzaguinha
Jamais esqueço do meu nome original
Nem do local de nascimento: Rua de tal
Guardo no peito aquele amigo surrado, sofrido
Aquela esquina, aquele tempo bem marginal
É roupa velha no corpo
Sapato gasto na sola
A velha foto informal daquele porre geral
De tomar até cair no chão
Rolar no chão e ser o próprio chão
Aquele porre geral
De tomar até cair no chão
Rolar no chão e ser o próprio chão
Na boca um gosto de serragem de doce sal
Sentir no corpo uma fuligem
Me sinto mal
Arrepiando a penugem
Reta final
No desafogo da fuligem
Coisa normal
É roupa velha no corpo
Sapato gasto na sola
A velha foto informal daquele porre geral
De tomar até cair no chão
Rolar no chão e ser o próprio chão
Aquele porre geral
De tomar até cair no chão
Rolar no chão