Bailongo de Fronteira

Adriano Gomes / Anomar D. Vieira / Juliano Gomes

De vez em quando
Me gana arrastá o de baixo
Sou taura macho encabichado por vaneira
Solto das patas no compasso da chorona
E as redomonas não refugo por matreiras

Sábado a tarde me tapo de água de cheiro
Que três ontonte encomendei de lá do povo
No baio-ruano quebro o cacho de oito galhos
Hoje me espalho na bailanta sem retovo

Boleio a perna quando a Lua vem surgindo
Deixo dormindo o pingo baio, acendo um pito
Da manada é o mais manso, criado guaxo
Se me emborracho, me traz pra o rancho solito

Lenço encarnado fazendo jogo com o pala
Entro na sala arrastando os meus talher
O quero quero não sai do cabo da faca
Casca de vaca pra amansar louco e mulher

As gadelhudas vão remexendo as cadeiras
Pego a primeira que cruzar de toco em pé
Saio charlando no balanço da vaneira
E a polvadeira vai beijando o Santa-fé

Lá na fronteira, no costado do Uruguai
Às vezes sai um bate-coxa debochado
No entreveiro, contra um lote, saio listo
Se, pelo um Cristo, me cambeio pro outro lado

Curiosidades sobre a música Bailongo de Fronteira de César Oliveira

De quem é a composição da música “Bailongo de Fronteira” de César Oliveira?
A música “Bailongo de Fronteira” de César Oliveira foi composta por Adriano Gomes, Anomar D. Vieira e Juliano Gomes.

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