Um Homem Na Cidade

Ary Dos Santos

Agarro a madrugada
Como se fosse uma criança
Uma roseira entrelaçada
Uma videira de esperança
Tal qual o corpo da cidade
Que manhã cedo ensaia a dança
De quem, por força da vontade
De trabalhar nunca se cansa
Vou pela rua desta Lua
Que no meu Tejo acende o cio

Vou por Lisboa, maré nua
Que deságua no Rossio
Eu sou o homem da cidade
Que manhã cedo acorda e canta
E, por amar a liberdade
Com a cidade se levanta
Vou pela estrada deslumbrada
Da Lua cheia de Lisboa
Até que a Lua apaixonada

Cresce na vela da canoa
Sou a gaivota que derrota
Tudo o mau tempo no mar alto
Eu sou o homem que transporta
A maré povo em sobressalto
E quando agarro a madrugada
Colho a manhã como uma flor
À beira mágoa desfolhada
Um malmequer azul na cor
O malmequer da liberdade

Que bem me quer como ninguém
O malmequer desta cidade
Que me quer bem, que me quer bem
Nas minhas mãos a madrugada
Abriu a flor de Abril também
A flor sem medo perfumada
Com o aroma que o mar tem
Flor de Lisboa bem amada
Que mal me quis, que me quer bem

Curiosidades sobre a música Um Homem Na Cidade de Carlos do Carmo

Em quais álbuns a música “Um Homem Na Cidade” foi lançada por Carlos do Carmo?
Carlos do Carmo lançou a música nos álbums “Um Homem na Cidade” em 1977, “Ao Vivo no C.C.B” em 1999, “Coliseu dos Recreios de Lisboa: ao Vivo” em 2004 e “Fado Maestro” em 2008.
De quem é a composição da música “Um Homem Na Cidade” de Carlos do Carmo?
A música “Um Homem Na Cidade” de Carlos do Carmo foi composta por Ary Dos Santos.

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