Os Dois Horizontes
Um horizonte, a saudade
Do que não há de voltar
Outro horizonte, a esperança
Dos tempos que hão de chegar
O gozo do amor sonhado
No olhar profundo e ardente
Tal é na hora presente
O horizonte do passado
Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou
Ou o viver calmo e puro
A alma convalescente
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro
Na avidez do bem sonhado
Ao nosso espírito ardente
Nunca o presente é passado
Nunca o futuro é presente