Tempestade
Morrem os peixes, os pássaros a baleia e o mico-leão
Enquanto houver em mim, fôlego de vida
Cantarei as verdades que eu creio
Libere seus ouvidos, me dê sua atenção
Não sobra muito tempo para expor esse caos
Debaixo de viadutos, família inteiras
Um povo sem direito a um pedaço de chão
Crianças estão soltas pelas ruas da cidade
Morte todo dia, vergonha nacional
Nossos governantes saboreiam seus manjares
Colarinhos brancos manchados de sangue
Ditam suas leis, a história da nação
De mãos dadas, apertam o gatilho
Explode no ar! A fome não é mais noticia
Explode no ar!
Até a natureza contesta, ecossistema em desequilíbrio
Inundações ceifam vidas, manchas de óleo sujam o mar
Morrem os peixes, os pássaros
A baleia e o mico-leão
A fauna e a selva vão acabar
O jacaré e o homem em extinção
A poluição está abrindo um buraco na proteção
Hecatombe na humanidade,
Podemos acordar sem ozônio
Não sei se é pra chorar
Ou teremos que viver a justiça dos homens como um câncer
O mundo hoje sofre consequências do pecado
Zombando duvidaram de Deus
Só resta esperar! O filho do homem voltar
Só resta esperar!