Matungos
Sabe, compadre violão
A vida afeiçoada anda meio esquisita
Se passaram ano e pico
E a naba da inveja apertou a cincha
Bateu a miudinha no lombo
De um jeito mesquinho, duro de aceitá
Um dia ato o meu cavalo e deito pra sestiá!
Sabe, compadre de mate
Cantando verdades faço o quanto posso
E sempre quando encharco a cara
Lavo a minha alma escrevendo uns troços
Vidinha atropela fundo
E manda esses matungo pra fora daqui
Chega de estraviá o pasto desse teu guri
A dor bate forte no peito
Urgente de paz e poesia
Mania do meu exílio
Nos trilhos do sul!
(Minha estrada é a melodia do coração!)