Mar

Eles adoram falar
Como eu deveria agir
Eles adoram julgar
O que eu deveria sentir
Mas eles aqui no meu lugar fariam muito pior

Só um dia
Vivendo no meu lugar

Eles não iam aguentar, aguentar, aguentar
Eles não iam aguentar, aguentar, aguentar
Eu duvido que eles iriam querer nadar
Contra a correnteza bem aqui no meu lugar
Se eu tivesse no seu barco nunca iria encostar na água
Mas a gente não tá nem no mesmo mar

Eles, que tem o poder
Sempre dizem que tudo é igual
Como se pra tu chegar lá
Fosse só subir degraus

E não penhascos, montanhas
Truques e façanhas
Quem joga as cartas e tem artimanhas
Sempre diz que o jogo é justo, é certo
Pra quem?

Só um dia

Eles não iam aguentar, aguentar, aguentar
Eles não iam aguentar, aguentar, aguentar
Eu duvido que eles iriam querer nadar
Contra a correnteza bem aqui no meu lugar
Se eu tivesse no seu barco nunca iria encostar na água
Mas a gente não tá nem no mesmo mar
Mar

Só um dia

Navegando pelas Ondas da Crítica e Desigualdade em Mar de Bea Duarte

A música Mar, interpretada por Bea Duarte, é uma expressão poética que aborda temas como julgamento, empatia e desigualdade social. Através de uma metáfora aquática, a artista reflete sobre como as pessoas são rápidas em julgar as ações e sentimentos dos outros, sem realmente compreender as dificuldades e desafios que cada um enfrenta em sua própria jornada. A letra sugere que aqueles que criticam não seriam capazes de 'nadar contra a correnteza' ou lidar com as adversidades que a própria Bea enfrenta, destacando uma desconexão entre as experiências de vida de diferentes indivíduos.

A canção também toca na questão da desigualdade, sugerindo que as oportunidades não são as mesmas para todos. A menção a 'penhascos, montanhas, truques e façanhas' ilustra as barreiras e obstáculos que muitas pessoas precisam superar para alcançar seus objetivos, em contraste com aqueles que têm o poder e acreditam que o 'jogo é justo'. Essa crítica social é reforçada pela afirmação de que 'a gente não tá nem no mesmo mar', indicando que as condições de partida são distintas e que comparar trajetórias pode ser uma simplificação injusta da realidade complexa de cada um.

Bea Duarte, com sua música Mar, convida o ouvinte a refletir sobre a importância da empatia e do reconhecimento das desigualdades estruturais na sociedade. Através de uma composição que mescla lirismo e crítica social, a artista nos faz questionar as pressuposições que fazemos sobre os outros e nos lembra de que, muitas vezes, não conhecemos as profundezas das águas em que cada pessoa está tentando se manter à tona.

They love to talk
How should I act
They love to judge
What should I feel
But they here in my place, would do much worse

Just one day
Living in my place

They wouldn’t take it hold on, hold on
They wouldn’t take it hold on, hold on
I doubt they would want to swim
Against the current right here on my place
If I was on the boat I would never touch in the water
But we are not in the even in the same sea

They who have the power
They always say that everything is thе same
How to you get therе
It was just climb stairs

And not cliffs, mountains
Tricks and exploits
Who plays the cards and it has the tricks
It always says the game, it’s fair, it’s right
For who?

Just one day

They wouldn’t take it hold on, hold on
They wouldn’t take it hold on, hold on
I doubt they would want to swim
Against the current right here on my place
If I was on the boat I would never touch in the water
But we are not in the even in the same sea
Sea

Just one day