Quilombo Dos Palmares

Gibi / Walmir Brito / Ytthamar Tropicália

Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá
Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô
Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá
Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô

Êh êh êh, serra da barriga êh
Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh
Êh êh êh, serra da barriga êh
Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh

Tumbeiro palavra que lembra tumba, sepultura
Imensos navios negreiros
Transportavam pobres criaturas negras
Transportavam pobres criaturas

Momentos de habitação
Coletiva começava então
Para o negro integrar-se na vida
Trabalhando em muitas condições

O indigente acostumado
A viver livremente em padrão
Chegava o capitão do mato
Conduzindo o negro ao porão

E diz o negro: Piedade, senhor compaixão
E diz o negro: Piedade, senhor compaixão

Serei, serei
Serei, serei uma força armada do velho Olorum
Serei, serei a continuação pelo negro nagô
A liberdade primitiva é dada pela mão de Deus
E o Ilê-Aiyê conduz na história o que o Zumbi sofreu

Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá
Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô
Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá
Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô

Êh êh êh, serra da barriga êh
Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh
Êh êh êh, serra da barriga êh
Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh

Palmares, palavra que lembra Zumbi, Gangazumba
Nos caminhos do Ilê-Aiyê
Quinze anos de lutas e glórias negras
Quinze anos de lutas e glórias

Quilombos na habitação
Guerrilhas travadas então
Emergem do sopé do morro
Um sonho de libertação

Gangazumba envenenado
A morrer livremente em traição
Escolhido o capitão Zumbi
Como chefe desta legião

E diz o negro: Liberdade, sou Ilê Aiyê
E diz o negro: Liberdade, sou Ilê Aiyê

Sou Ilê Aiyê
Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá
Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô ô ô
Sou Ilê Aiyê do reino de Oyá, do reino de Obá
Obatalá, Obá Niger, obá-axé caô ô ô

Êh êh êh, serra da barriga êh
Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh
Êh êh êh, serra da barriga êh
Êh êh êh, Zumbi, Gangazumba êh

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