Vida Gaudéria

Ciro Gonçalves dos Santos

Nesta minha vida gaudéria
Rodomoniada em galpão
Sou o luminar de um tição
Quase insignificante
Mas trago no meu semblante
O payador farroupilha
Que peleando nas coxilhas
Mostrou-se ser um gigante

Sou legenda, sou a estampa
Das famílias campesinas
Sou o tropel, sou as crina
Do potro que corcoveia
Sou o couro da maneia
Sou o buçal de um redomão
Sou faísca de um tição
Que num instante incendeia

Sou a chaleira na frente
Aquecendo no borraio
Sou o ruído de um baraio
Sou o trançar de uma primeira
Sou fruto da pitangueira
Que a natureza criou
Sou raiz que se alastrou
Da minha terra missioneira

Sou o tropel da manada
Disparando no vargedo
Sou a sombra do arvoredo
Amenizando o calor
Sou raia pra um corredor
Em carreiras de campanha
Sou um talaçaço de canha
Pra afogar mágoas de amor

Sou o grito do quero-quero
Vigilante nas coxilha
Sou do bodoque a forquilha
Nas mãos do piá caçador
Sou tento pra um trançador
Fazer trança com capricho
Sobre um balcão de um bolicho
Sou um truque, um cantar de flor

Curiosidades sobre a música Vida Gaudéria de Baitaca

Quando a música “Vida Gaudéria” foi lançada por Baitaca?
A música Vida Gaudéria foi lançada em 2011, no álbum “Cantando o Rio Grande”.
De quem é a composição da música “Vida Gaudéria” de Baitaca?
A música “Vida Gaudéria” de Baitaca foi composta por Ciro Gonçalves dos Santos.

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