Ao Mar de Teus Gemidos
Se for possível amar sem nada de possível
Sem ter onde pegar nem nada que pedir
Se o amor for um silêncio, um vulto indescritível
Que rompe na manhã e cresce até luzir
Embora que dizer não toque o indizível
Melhor eu te contar, assim me mostro um pouco
Por que de te esconder um sol inescondível
Se de tanto calar também se acaba rouco?
Aum aum... Aum aum...
Se for amar, fazer presente o que se ausenta
Te amo sem te ter, sem temer tal sentimento
E mesmo longe, só, tua lembrança me frequenta...
Ronrona, mia, tua voz de mel aos meus ouvidos
Flutuas, brilhas em mim por todos os momentos
Enluarada e nua ao mar de teus gemidos
Enluarada e nua ao mar de teus gemidos
Enluarada, enluarada e nua
Enluarada, enuarada e lua
Ao mar de teus gemidos
Aum aum... Aum aum...